De que me serve a paixão? De alívio ou de sofrimento? De futuro ou de momento? Pus-me a pensar que amar é simples para as pessoas que são amadas! É como dirigir um caminhão, fica bem mais fácil aprender, alguém que já passou pela bicicleta, pela moto, pelo carro, pelo ônibus... É mais simples, admita.
De que me serve a paixão se ela sozinha não faz nada? Mesmo apaixonado, eu ainda tenho que fazer uma série de absurdos para que ela (a dita cuja que está sendo amada) acredite no que estou sentindo... Talvez ela nem acredite e brinque comigo como fez aquela outra... E eu não consigo mais fazer tais coisas. Travei.
Meus pés sentem-se inseguros para caminhar por este caminho estreito. Não me sinto nada protegido. Conquistar alguém não é o meu forte, eu não sei como fazer isso, nem sei se tenho algo que conquiste alguém, tenho? Já houve uns que me disseram ter percebido em mim algo assim, de longe, atraente; não acredito nesses, não acredito em quase ninguém.
De que me serve a paixão? As lamúrias continuarão, continuarei sendo mal-visto, as impressões que causarei serão as mesmas, os julgamentos de valores prevalecerão a meu respeito. O que irá essa tal de Paixão, acrescentar em minha vida? Tem alguém disposto a tentar me mostrar o valor prático de uma paixão? Eu desconheço qualquer um que possa existir.
De alguém que quase morreu de tanto amor que sentia por mim (literalmente), eu recebi ofensas, excessos de indelicadeza, doses cavalares de orgulho, intransigência, fanatismo, exclusivismo. Sentia-me um louco, bicho de sete cabeças era amar daquela forma, mas eu tentei e por mais que eu tivesse a força quase que mundial para resolver meu problema com esta dita paixão, ela não se colocava nas ações como se punha nas palavras. Dizia ter um amor que ia além da vida, mas que me fez morrer a cada dia, até o meu último... Até que cheguei a este estado!
Não vou mais mentir! Preciso de amor como quem precisa de água! Alguém para apertar-me por entre as mãos e que me ame da forma mais translúcida provável... Mas quem? Quem amará a mim? Até hoje eu não consigo entender de onde vinha tanto querer neste caso passado, não sei de onde virá tanto querer numa experiência futura! As minhas veias queimam de necessidade... De um simples abraço de amor, de um beijo doce, sem exageros, de um olhar que fale por si só. Eu preciso de amor, no entanto careço de coragem para acreditar que ele possa me levantar outra vez e me fazer acreditar que ele é bom, careço, careço, careço...
2 comentários:
Bom dia Fábio Sabath
Gostei muito do que li. Você tem um talento nato! Parabéns, faça da sua vida o prazer de escrever e dançar.
abs
Lenny Veneu
Sr. Lenny.
Obrigado pelos elogios. Grato.
Fico lisonjeado por ter gostado do que leu, espero que continue lendo e comentando os textos deste blog. Poderá ter acesso a informações sobre minhas performances em dança em meu orkut, mas pode deixar... eu acho o senhor.rs
abraço.
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