sábado, 14 de agosto de 2010

Homens também falam em rosas




As rosas se calam e choram durante a noite;
Sob as dores inacabadas do golpe reto da foice
Da Solidão e do Medo
Durante o dia sorriem a esconder a dor que sentem;
Fomentam a alegria de outras poucas rosas felizes
Para que a foice seus sonhos não encerrem.
Eu sou uma dessas rosas, caladas, choradeiras, inibidas;
Submerso em meus valores, mas sonhando pela metade;
Pois a foice levou meus olhos escuros,
Logo eles! Os únicos que tinha para vislumbrar o futuro.
Em meu tronco, só ferida;
Um líquido quente e incômodo chamado Vontade,
Desce pelo meu corpo, lavando meu peito;
Mas que depois de escorrer deixa a marca da impossibilidade.
Homens também falam em rosas;
Falam dos espinhos, dos terríveis caminhos;
Percurssos que fui obrigado a seguir;
Para não morrer nem ficar totalmente sozinho;
Eu tenho medo da morte;
Tenho medo da sorte;
Pois por sí só ela causa inveja;
E as outras rosas no meu espaço inseridas;
Na primeira chance, fazem-me feridas incicatrizantes.
                                                                                                                                            

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