domingo, 15 de agosto de 2010

Rasgaduras


Você não acredita no que eu digo. Por isso não digo nada. Você não me enxerga como algo a mais, ainda. Sabe-se lá quando esse ‘ainda’ acabará. Por que a vontade que se instala como parasita em meu peito é quem me impulsiona a falar de amor, mas eu, por mim mesmo não falaria, ele nunca me trouxe sorte.




Mas no breu dessa tempestade da qual você não tem nada a ver, é assunto mal resolvido que tenho com o meu coração, eu fico pensando numa possibilidade de ver o jogo virar e eu vencer... De mim mesmo, entende? De chegar a um momento de meus dias em que o meu medo de amar acabe e que as palavras bonitas signifiquem algo sólido para mim e que eu esteja pronto para ser amado, sem traumas emergentes.


As rasgaduras em meu corpo me obrigam a ser assim.


Adoraria pegar sua mão e sair por aí sem dívida nenhuma com trauma nem personalidade, apenas você e eu, sair para vermos o tempo passar e nós nele, abraçados e trocando as energias, aquelas que eu preciso para continuar crente no amor! Imagino o vento batendo em nossos sorrisos felizes enquanto andamos pela rua... De mãos dadas. Imagino o frio nos fazendo abraçar-nos mutuamente, a transferir todo o amor, todo o prazer de estarmos juntos.


Porém, creio que você não está ligando muito para isso. Você está satisfeita com o que já tem de mim e sabe que pode ter o que quiser, quando quiser...


Eu adoraria estar com você, se fosse mesmo possível. Por que você simplesmente está aí do outro lado, que não é o meu. E eu estou aqui como todos os outros dias, pensando em como ser mais feliz.

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