quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Destino



Se as coisas precisam acontecer num dado tempo predeterminado eu não sei. Se tudo que está por vi já foi previsto e, portanto é irrevogável e imutável eu também não sei. No entanto o que eu sei é que desgraçados são os marginais de todas as espécies (se é que se eles se dividem desta forma), pois estes nasceram azarados, sem nenhuma piedade nem chance na vida, vieram premeditadas a seguirem tal carreira. Absurdo!
Os doentes mentais também são outra classe de azarados; vieram ao mundo somente para sofrer nas mãos dos preconceituosos e iníquos desta terra. Eles sofrem em todos os lugares que frequentam e tem todas as chances do mundo para não ter chance no mundo. Entendeu?
Ei babaca? Estou falando com você!
Será que você pode me explicar como é que funciona essa onda de um senhor chamado Destino que diz que faz e acontece na vida das pessoas, é ele quem controla tudo, digo, programa tudo?
Se não for verdade esta história de destino e de que tudo está premeditado e de que nenhuma folha cai de uma árvore sem o conhecimento de Deus, quem foi que nos fez o péssimo favor de inventar esta teoria para que ficássemos presos ao discurso de uma vida programada, robótica?
Se for verdade, porém, aí é que exijo explicação! Que graça tem viver um troço que todo mundo já sabe o que é que vai acontecer e sabe quem é o operador da Grande Máquina?
Que vida chata é essa de viver dentro de uma nomenclatura de acontecimentos que se resumem em “Foi Deus quem quis assim” ou “Isso é coisa do Destino” ou ainda “Ninguém foge do seu Destino!”. Posso saber para quê serve esse tal Excelentíssimo Senhor Destino Mandatário da Humanidade?
O que penso é que seres humanos são muito inteligentes e  de tal forma e magnitude se configura esta inteligência que, por vezes, ela própria se transforma em ignorância, visto seu uso tão inadequado. Pensar que o Destino é quem se responsabiliza pelas 700 mortes na enchente da região serrana do Rio de Janeiro, por exemplo, é loucura. Podemos simplesmente tratar de casos pequenos e assustadores.
O Destino é uma verdadeira “Universidade”, pois ele forma: deficientes físicos e pseudo-normais, pobres e ricos, assassinos e estupradores, ladrões e  traficantes e tantos outros. Mas também oferece serviços de óbito, tais como: Afogamento, Bala perdida, Incêndio, Assassinato, Suicídio, Acidente aéreo, ferroviário hidroviário ou rodoviário (com direito a várias capotagens) e etc.

Acreditar em Destino é tão ultrapassado quanto acreditar em Papai Noel. As crianças já nascem sabendo que o velhinho é um pseudo! Existem coisas melhores para os seres humanos fazerem... Talvez  o melhor fosse cada um responsabilizar-se por seus próprios atos e parar de transferir isso para o acaso ou para Deus, que biblicamente falando, nos deu livre-arbítrio para decidirmos o nosso ir-e-vir.




4 comentários:

Anônimo disse...

Carambaaaaaa meninoo vc arrasa perfeitooo dei muitas gargalhadas,mas sei q é muito mais sério do q possamos imaginar....
bjus Milla

Lenny Veneu disse...

Perfeito!
Porque quando sua consciência mostra tudo o que você pode viver, não existe medo nem desculpa que consigam impedi-lo de lutar para ser o que você é capaz de ser.Isto é ter responsabilidade por seus atos e assumir todas as consequências sem jogar a culpa ou vantagem no outro.
Gostei muito do que li.
abraços!

Unknown disse...

esta de parabéns!!!
em tudo que faz vc arrazzzzza!!!

Fábio Sabath disse...

Obrigado Milla, Veneu e Kelvin.
De fato o texto tem ar de comicidade tratando ao mesmo tempo de um tema polêmico. Transferência de responsabilidade é crime moral!!