Sonho com um amor que eu não sei se vem;
Sonho em viver uma grande história, sempre sonhei.
Não sei se sou notado, nem sinto olhares voltados para mim;
Invento-me numa realidade para esqueçer o peso da minha;
Mas simplesmente sonho com o dia do Armagedon nesse meu mundo interno.
Busco afagar as minhas lamúrias não nos travesseiros, nem nas gotas da chuva;
Afago-as nas letras e pensamentos mais profundos e pessoais que tenho;
Reflexos de uma história carregada de muitas outras histórias que não se completaram.
E que me fazem sonhar todos os dias com a mesma coisa;
Com o mesmo e aparentemente impossível.
Fico aqui a visualizar belos rostos que eu já conheço;
Faces que já passaram pela minha estrada e me deixaram a sensação de poder;
Apenas a sensação é pouco demais para quem anseia mais desse licor.
Porém as faces que já visualizei de mim não esperam nada mais que uma simples amizade.
Prefiro não entender nada, pois isso é melhor que entender tudo como é de meu costume.
Prefiro não arriscar abrir uma porta que já se mostrou fechada.
Apaixonar-me denovo deve ser, para mim, somente sonho.
O amor é sujo.
Não parece, mas é.
Ele seleciona.
Ele indica.
Ele privilegia.
Não sei sob quais critérios, não sei com quais intenções, não sei quanto vale tudo isso.
Não quero me apaixonar por você, apesar de você ser tudo que eu preciso.
Entenda o quiser, isso já é mesmo do seu feitio;
Sonho com o dia em que não precisarei me arrepender do que digo;
Pode ser que esse discurso não tenha mais validade amanhã.
Mas quero buscar nisso tudo a força que eu preciso para continuar;
Preciso buscar o mínimo para minha felicidade.
Encacerar-me: já tentei, não deu certo.
Individualizar-me: ainda tento, dá certo algumas vezes.
Chorar: Um dia vi isso como solução, mas livrei-me desse método ilusório.
Pedir ajuda: Não dá certo, ninguém vem, ninguém que possa realmente te ajudar.
Fingir-me surdo-mudo: Também não funciona, aumenta a dor, faze-a interminável.
Sonhar: A melhor tática até agora, ajuda-me a ser outro enquanto sou eu mesmo.
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