sábado, 22 de janeiro de 2011
Wicked Game - Chris Issak
Essa canção é de 1989, ano em que nasci. Mas a ouvir pela primeira vez quando tinha dez anos, ela nunca mais saiu da minha cabeça. Durante todos esses anos, eu jamais soube quem a cantava e qual era o seu nome; até a encontrei naqueles DVD's de 98 clipes, mas ela estava nas últimas faixas e não aparecia seu nome nem no vídeo nem na contra-capa do DVD.
Continuei ouvindo-a quando podia, quando ela tocava num programa de rádio durante a madrugada. Somente em dezembro de 2010, ela ressurgiu para mim... Completa. Descobri seu nome, baixei-a na internet e a ouço todos os dias. Além disso, aprendi muito, pois acabei descobrindo quem é a bela mulher que aparece no clipe: Helena Cristensen, ex-modelo.
Ninguém imagina o quanto essa música é importante para mim, tem uma marca melódica que me encanta, nuances espetaculares. Sinto-me ao lado da mulher dos meus sonhos, vivendo as mesmas emoções. Que emoções? Assista o vídeo, mas lembre-se de respirar e piscar os olhos!
quinta-feira, 20 de janeiro de 2011
Minha cabeça gira!
Quanto mais eu penso no que devo fazer
Mais as coisas aparentam nebulosidade;
Eu, sozinho nos braços gélidos desta cidade,
Poucas opções tenho, a melhor é pensar em você.
Se o amor pode esperar, eu não sei;
Entretanto acho que sei o que ele faz comigo;
Certamente é a arte do castigo;
Ao artista deprimido que para sempre serei.
Versos simples com termos passageiros;
Os de amanhã estarão, certamente, piores.
Piores que os primeiros, todos eles inteiros;
Lamento-lhe o susto, posso contar-lhe um dia coisas melhores.
De você já desisti faz tempo;
Faz tempo que não faço esse tipo;
De esmiuçar minha alma por um baldado momento;
Pelo qual você não quer correr o menor risco.
Meu amor deve não valer nada;
Se o contrário fosse, você comigo estaria;
Sorrindo ao meu lado viveria;
Tranquila em meus braços morreria.
Mas enquanto uns sofrem por terem;
Eu sofro pela pretensão de ter;
Enquanto eu me entretenho somente com você;
Seus olhos não notam as rosas chorosas que estou a lhes oferecer.
Agora o sul é minha direção cega;
Direciono-me como se soubesse onde vou parar;
Nem sei se quero com essa minha verdade tão sóbria acabar;
Se durante todos os meus doces anos, é ela quem docemente me carrega.
quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
Destino
Se as coisas precisam acontecer num dado tempo predeterminado eu não sei. Se tudo que está por vi já foi previsto e, portanto é irrevogável e imutável eu também não sei. No entanto o que eu sei é que desgraçados são os marginais de todas as espécies (se é que se eles se dividem desta forma), pois estes nasceram azarados, sem nenhuma piedade nem chance na vida, vieram premeditadas a seguirem tal carreira. Absurdo!
Os doentes mentais também são outra classe de azarados; vieram ao mundo somente para sofrer nas mãos dos preconceituosos e iníquos desta terra. Eles sofrem em todos os lugares que frequentam e tem todas as chances do mundo para não ter chance no mundo. Entendeu?
Ei babaca? Estou falando com você!
Será que você pode me explicar como é que funciona essa onda de um senhor chamado Destino que diz que faz e acontece na vida das pessoas, é ele quem controla tudo, digo, programa tudo?
Se não for verdade esta história de destino e de que tudo está premeditado e de que nenhuma folha cai de uma árvore sem o conhecimento de Deus, quem foi que nos fez o péssimo favor de inventar esta teoria para que ficássemos presos ao discurso de uma vida programada, robótica?
Se for verdade, porém, aí é que exijo explicação! Que graça tem viver um troço que todo mundo já sabe o que é que vai acontecer e sabe quem é o operador da Grande Máquina?
Que vida chata é essa de viver dentro de uma nomenclatura de acontecimentos que se resumem em “Foi Deus quem quis assim” ou “Isso é coisa do Destino” ou ainda “Ninguém foge do seu Destino!”. Posso saber para quê serve esse tal Excelentíssimo Senhor Destino Mandatário da Humanidade?
O que penso é que seres humanos são muito inteligentes e de tal forma e magnitude se configura esta inteligência que, por vezes, ela própria se transforma em ignorância, visto seu uso tão inadequado. Pensar que o Destino é quem se responsabiliza pelas 700 mortes na enchente da região serrana do Rio de Janeiro, por exemplo, é loucura. Podemos simplesmente tratar de casos pequenos e assustadores.
O Destino é uma verdadeira “Universidade”, pois ele forma: deficientes físicos e pseudo-normais, pobres e ricos, assassinos e estupradores, ladrões e traficantes e tantos outros. Mas também oferece serviços de óbito, tais como: Afogamento, Bala perdida, Incêndio, Assassinato, Suicídio, Acidente aéreo, ferroviário hidroviário ou rodoviário (com direito a várias capotagens) e etc.
Acreditar em Destino é tão ultrapassado quanto acreditar em Papai Noel. As crianças já nascem sabendo que o velhinho é um pseudo! Existem coisas melhores para os seres humanos fazerem... Talvez o melhor fosse cada um responsabilizar-se por seus próprios atos e parar de transferir isso para o acaso ou para Deus, que biblicamente falando, nos deu livre-arbítrio para decidirmos o nosso ir-e-vir.
Degusta-me
Aproveite enquanto as minhas carnes não apodreceram;
Degusta-me enquanto o meu tempero ainda tem gosto de amor.
Satisfaça-me enquanto os desejos ainda são carnais;
Degusta-me antes de qualquer coisa para provar a si mesma.
Não fuja de mim, pois quando eu quiser te apanharei.
E serei capaz de acabar com todas as melancolias inscritas na tua tábua rasa.
Se não apropriar-se de uma vez por todas deste corpo que é meu e é seu,
Quem mais fará isso nesta cidade sem fim?
Aproveite a hora enquanto o meu relógio está parado;
Talvez ele se apresse em alcançar a hora certa quando voltar ao normal.
Degusta-me agora, ainda estou tonto e quente e pronto para o abate.
Satisfaça-se, pois sei que seus olhos me apreciam com veleidade obstinada.
Noto o quanto seus olhos de apreço devoram ao longe as minhas partes.
Degusta-me antes que o tempo se encerre e comece a chover.
Degusta-me enquanto quero;
Degusta-me enquanto posso;
Degustar-me enquanto há tempo;
Degusta-me enquanto minha pele ainda cheira a ternura.
Libar-me é o melhor que você pode fazer.
Então o faça de uma vez por todas.
sábado, 15 de janeiro de 2011
Emoções
Entalado em minhas emoções
Eu vivo o hoje, tentando não lembrar do amanhã;
E esquecendo o ontem de trovas e trovões,
Para tentar atravessar o céu com a mente sã.
Não separo o positivo do negativo,
Estão nas extremidades, contudo têm relações íntimas;
Um impera no ego o outro no espírito.
Mas alma é traiçoeira, previno-me para que não minta.
Fujo de mim mesmo, não sei do que sou capaz,
Para despistar os meus receios, sou selvagem, por vezes voraz.
Prefiro morrer no ermo, a convidar-te para aumentar meus ais.
Você
Você que acabou com meus dias de glória;
Você que ressuscitou o meu medo do mundo.
Você que me feriu sem nenhuma piedade.
Você que já perdeu a noção do perigo.
Você que fez de mim o seu brinquedo maior
Você que não controla seu amor selvagem
Você que a todo custo me quer, mas machuca.
Você que não vê em seu espelho minha própria imagem.
Você que inventa uma postura para negar sua redenção;
Você que criou o positivismo para esconder a verdade;
Você que acreditou nas pessoas de bom coração;
Você que hoje come areia e sal, aqui, junto comigo.
Você que expressa suas lamentações em público;
Você que dança para dizer que é artista;
Você que canta para espantar os males que nunca se vão;
Você que pensa em mim agora.
Você que observa a tudo isso e ri;
Você que somente de ouvir tudo isso chora;
Você que não é amado, mas ama;
Você que não expulsa ninguém, mas é obrigado a ir embora.
Você que acha que encanta;
Você que imagina estar vivendo;
Você que pede ajuda para cair e rejeita quem te levanta;
Você que mente ao dizer-se feliz, pois está morrendo.
Você que não está nem aí para rimas perfeitas, dane-se a perfeição;
Você que não está nem aqui para me entender;
Você que não me ouve quando falo, sua cabeça viaja em outra estação
Você que não me enxerga quando preciso te ver.
Você que se diz bom;
Você que não tem medo do medo;
Você que não me faz companhia;
Você que insiste em me esconder do meu próprio segredo.
Você que acha que eu não te percebo;
Você que inventa um amor de platina;
Você que se acha vencedor o tempo inteiro;
Você que chegou e tirou o pouco de paz na vida que eu tinha.
Você que acredita na fidelidade;
Você que não consegue declarar sequer imposto de renda;
Você que estuda um modo de me tornar mais dominável;
Você que faz do sentimento que tenho por ti, um aterro de lixo, uma pálida oferenda.
Você que tem hora pra tudo;
Você que não nota sua mãe;
Você que fala alto numa conversa com mudos;
Você que demora a sair da mesa, á desdenhar o vendedor de pães.
Você que rejeita meu desabafo;
Você que vai á igreja confessar-se ao padre;
Você que diz imaginar o tamanho do sofrimento que passo;
Você que tem a mesma máscara que eu e finge que não usa ou realmente não sabe.
Você que afirma ter personalidade própria ao ver os absurdos exibidos na tevê;
Você que se encaixa perfeitamente em todos esses e tantos outros e inibidos VOCÊS.
Fábio Sabath
Reflexão
Refletir é necessário;
Refletir para não deixar ir;
Refletir para não deixar cair;
Refletir para não inibir;
Refletir para não sucumbir.
Sou filósofo do meu próprio instante;
Reflito para não perder a chance;
Reflito para não perder o lance;
Reflito para aumentar o meu alcance;
Reflito para não tê-la apenas numa foto de estante.
Convenço-me de que podemos caso você se permita querer;
Reflita para não perder;
Reflita para aprender;
Reflita para compreender;
Compreender a mim e a você.
Precisa de mim e vice-versa;
Reflita para escolher a coisa certa;
Reflita para encontrar a porta aberta;
Reflita para entender o que te cerca;
Cerque o que te cerca, pois este sou eu.
Dança Contemporânea... O trabalho mais importante de 2010
O tema soa estranho, certamente. Nem sei mesmo por que o escolhi assim tão grande e tão confuso. Somente sei que é a síntese de todo o trabalho que faz nascer este tema, trabalho este que é tão singular e importante para mim.
Inicialmente, parti da idéia das correntes que me prendiam a mim mesmo: o pessimismo enquanto verdade, o medo enquanto arma de defesa, a sorte como arte imerecida, a vida como arteira e complicada demais, as pessoas insanas, incompreensíveis e sanguessugas, a dança como ascensão á outra esfera maravilhosa, o amor como inalcançável. As paredes, por sua vez caracterizam o espaço pequeno por onde transito, por escolha própria, para não ferir-me mais ainda com os ataques do mundo, nem acabar sendo a razão da ferida de alguém; paredes que delimitam o alcance das minhas mãos e que me ensinam a apreciar com moderação.
Entretanto, esta primeira idéia foi incorporando-se a outras de forma interessante, digamos melhor, cômica. Foi assistindo a um filme francês, sozinho em minha casa, sentado numa poltrona, com uma xícara de café ao lado, que num certo momento do filme, em que um casal se despedia que ocorreu esta frase: O pior é ficar só. Tal pequena frase teve tamanha importância pra mim, justamente por que todas as correntes, em mim presentes, aqui estão pelo simples e único objetivo de não me deixar só quando o estou de fato. O filme francês me deu, portanto, a completude de sentido do meu trabalho... Estar acompanhado quando se está só é possível: eu canto, danço, escrevo coisas, converso comigo mesmo em voz alta o tempo todo e garanto, faz um bem enorme, diminui a ansiedade, ajuda a combater o tédio, te liberta da loucura e te faz criar. Pois num momento como este, de solidão eminente, algo precisa ser feito a nosso favor. O pior é ficar só.
Gleidison de J. Santos – Fábio Sabath
quinta-feira, 13 de janeiro de 2011
Pseudo
Sonho com um amor que eu não sei se vem;
Sonho em viver uma grande história, sempre sonhei.
Não sei se sou notado, nem sinto olhares voltados para mim;
Invento-me numa realidade para esqueçer o peso da minha;
Mas simplesmente sonho com o dia do Armagedon nesse meu mundo interno.
Busco afagar as minhas lamúrias não nos travesseiros, nem nas gotas da chuva;
Afago-as nas letras e pensamentos mais profundos e pessoais que tenho;
Reflexos de uma história carregada de muitas outras histórias que não se completaram.
E que me fazem sonhar todos os dias com a mesma coisa;
Com o mesmo e aparentemente impossível.
Fico aqui a visualizar belos rostos que eu já conheço;
Faces que já passaram pela minha estrada e me deixaram a sensação de poder;
Apenas a sensação é pouco demais para quem anseia mais desse licor.
Porém as faces que já visualizei de mim não esperam nada mais que uma simples amizade.
Prefiro não entender nada, pois isso é melhor que entender tudo como é de meu costume.
Prefiro não arriscar abrir uma porta que já se mostrou fechada.
Apaixonar-me denovo deve ser, para mim, somente sonho.
O amor é sujo.
Não parece, mas é.
Ele seleciona.
Ele indica.
Ele privilegia.
Não sei sob quais critérios, não sei com quais intenções, não sei quanto vale tudo isso.
Não quero me apaixonar por você, apesar de você ser tudo que eu preciso.
Entenda o quiser, isso já é mesmo do seu feitio;
Sonho com o dia em que não precisarei me arrepender do que digo;
Pode ser que esse discurso não tenha mais validade amanhã.
Mas quero buscar nisso tudo a força que eu preciso para continuar;
Preciso buscar o mínimo para minha felicidade.
Encacerar-me: já tentei, não deu certo.
Individualizar-me: ainda tento, dá certo algumas vezes.
Chorar: Um dia vi isso como solução, mas livrei-me desse método ilusório.
Pedir ajuda: Não dá certo, ninguém vem, ninguém que possa realmente te ajudar.
Fingir-me surdo-mudo: Também não funciona, aumenta a dor, faze-a interminável.
Sonhar: A melhor tática até agora, ajuda-me a ser outro enquanto sou eu mesmo.
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