Você dança em mim. A profundidade do seu movimento percorre todo o meu corpo, passando por cada veia e de maneira ardente... E eu amo isso que você faz. Você conseguiu me ganhar com apenas um passo, o primeiro foi suficiente, sem mais nada que fosse mais atraente.
Eu amo quando você joga os cabelos na direção do vento, amo quando você sorri e se atrapalha, amo quando me toca. E como é bom o seu toque! As suas mãos são a divina calma que eu sempre sonhei, a sua dança é tudo, e eu a amo.
O seu movimento me chama, a sua cintura me excita, as suas mãos invadem o meu íntimo espiritual totalmente e você...Torna-me o homem mais feliz do mundo durante os poucos minutos que falo contigo, que ando contigo, que danço contigo.
Contigo eu gostaria de permanecer se todo este discurso não fosse em vão, fora repetido tantas vezes na citação das minhas mãos e tantas vezes fora negado ou deixado para trás que já nem acredito que essas palavras avancem a possibilidade de serem lidas ao menos.
Baseado em tudo que já vi, ouvi, vivi e continuo vivendo, concluo tristemente que meus sentimentos jamais passarão para o mundo das coisas reais, continuarão sempre no absurdo do obscuro, na utopia barata, na simples lapidação emocionada de minhas palavras agonizantes. Pois a partir delas ninguém me vê, não sente minha falta... E eu serei sempre o mesmo para aquele que me enxerga externamente. Deus é o único que me conhece internamente e eu já tenho a ousadia de me perguntar se existe mesmo uma alma que seja compatível com meu corpo.
Portanto, prefiro te admirar, somente. Admiro-te quando fala, anda, baila... Admiro-te até mesmo por foto; admiro sua pele que brilha... Quem dera brilhar para mim.
Se eu tivesse em meu coração pulsação suficiente, já teria dito, gritado aos quatro cantos do mundo o que sinto por você, mas no final das contas... Pra quê? Seria o mesmo que gritar por socorro no deserto!
Fábio Sabath
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