segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Singular







Agora não são mais dois;

Não há mais dois olhares;

Não há mais dois sorrisos;

Não há mais dois seres.



Agora é apenas um!

Um distante do outro;

Um distinto do outro;

Um indiferente ao outro.



Agora não são mais sonhos em comum;

Já não há mais planos;

Inexiste agora o “nós”;

Pois os nós foram desatados.



Agora só há esperanças mortas;

Planos destruídos;

Um enfadonho cotidiano singular;

Pois os nós foram desatados.



Não há mais música;

E dança que eu danço agora;

É só pra dizer no silêncio de minha alma;

O quanto eu a amo.



Agora não há mais rotas nem atalhos;

As respostas se esvaíram, as perguntas se multiplicaram;

Restei apenas eu, neste mundo inteiro;

E eis aqui, sozinho, o leão que se apaixonou pelo cordeiro.