Agora não são mais dois;
Não há mais dois olhares;
Não há mais dois sorrisos;
Não há mais dois seres.
Agora é apenas um!
Um distante do outro;
Um distinto do outro;
Um indiferente ao outro.
Agora não são mais sonhos em comum;
Já não há mais planos;
Inexiste agora o “nós”;
Pois os nós foram desatados.
Agora só há esperanças mortas;
Planos destruídos;
Um enfadonho cotidiano singular;
Pois os nós foram desatados.
Não há mais música;
E dança que eu danço agora;
É só pra dizer no silêncio de minha alma;
O quanto eu a amo.
Agora não há mais rotas nem atalhos;
As respostas se esvaíram, as perguntas se multiplicaram;
Restei apenas eu, neste mundo inteiro;
E eis aqui, sozinho, o leão que se apaixonou pelo cordeiro.