Hoje me dirijo aos pseudo-intelectuais.
De fato, a formação acadêmica representa pouco, duma porcentagem total, no que tange ao avanço intelectual e de comportamento dos indivíduos (Estou convencido disto). Tem gente que entra ruim e sai bom, gente que entra bom e sai excelente, gente que entra ruim e sai péssimo e gente que entra e sai, simplesmente (venenoso eu, não?). Mas é impossível e desnecessário tentar, através deste texto, comportar essas pessoas em níveis e classes, pois são tantos os modelos de pseudo-acadêmicos que escrever-se- ia um livro.
Entretanto vou só lembrar uma coisa básica que alguns desses que se dizem inteligentes, os “nota dez” da turma e que tem redações brilhantes, sabem tudo de có e salteado (ou mais salteado do que de có) e que são todos muito convencidos de que o seu conhecimento é a melhor qualidade que tem, ainda não conhecem ou conhecem tão pouco que se esqueceram do dia que tiveram acesso. Refiro-me ao nosso querido amigo de todas as horas (pelo menos é o que deveria ser): Dicionário Aurélio (... Buarque de Holanda Ferreira, para aqueles que não sabem que é).
Indo direto ao assunto.
Aprendemos na nossa vida acadêmica que o conhecimento empírico vale muito, muito mesmo, mas que não é sustentável e, portanto precisa do conhecimento científico para tornar-se concreto, incontestável. Pois bem, gostaria de entender da boca de alguns, quais os critérios que eles usam para denominar alguém homossexual? A forma de andar, falar, sentar, trejeitos no geral? Essas pessoas sabem a gravidade do que declaram?
Pelo que até hoje estudei sobre anatomia e fisiologia humana, a construção anatômica dos seres humanos é variante de acordo com sua genética, cultura ou é até mesmo por característica pessoal. Isso significa que para se identificar um homossexual, não basta olhar apenas para os trejeitos, eles são terminantemente insuficientes para definir alguma coisa.
O problema de certos intelectuais é realmente de conhecimentos gerais.
Como não é minha função explicar isso de forma científica, Tim-Tim por Tim-Tim, gostaria de deixar claro para estes ignorantes, ditos acadêmicos, intelectuais até a tampa, que de acordo com o Dicionário Aurélio (“prazer em conhecê-lo”, digam vocês), o termo Homossexual aplica-se aos indivíduos que tem relações sexuais com pessoas do mesmo sexo. Repito: Homossexual: Indivíduo que mantém relação sexual com pessoa do mesmo sexo. Diferente disto, o afeminado/efeminado tem trejeitos e/ou formas e comportamentos que lembram uma mulher.
Existem ainda os Transgêneros, palavra que lembra Transgênicos ( que significa Organismo que possui genes de outra espécie). Os Transgêneros são indivíduos que nasceram definidos anatomicamente de uma maneira e geneticamente de outra. Conseguem entender a gravidade do problema?
Parece ser tão difícil segurar a nossa língua para falarmos alguma coisa apenas quando temos certeza que preferimos falar o que vem á nossa indisciplinada mente e magoar as pessoas desnecessariamente.
Não é difícil buscar entender essas mínimas questões que são importantes para a conservação do respeito entre as pessoas e do verdadeiro julgamento sobre elas, se é que se deve haver alguma forma de julgamento aos indivíduos de qualquer orientação sexual. Mas é muito desconfortável lidar diariamente com acadêmicos, futuros representantes da sociedade brasileira, aqui ou no exterior, propagando esse pensamento pobre, fútil, incoerente e limitado.
As pessoas não são obrigadas a ser o que nós pensamos que elas sejam. Para denominar alguém como sendo homossexual, por exemplo, você precisa ter em mãos ao menos uma simples foto que comprove sua afirmação. A menos que a própria pessoa apresente-se como tal, as nossas imaginações acerca dela não devem ultrapassar esta linha.
Existem ladrões com caras de santo rondando por aí, porém não podemos sair prendendo todos os que tem a carinha de santo sob atestação de que parecem ser ladrões. Tampouco podemos dizer que um indivíduo seja homossexual por comportar-se diferente do padrão apresentado como masculino.
Na mesma medida em que julgas, serás também julgado: Você tem cara de inteligente e sensato. Será que é mesmo?
(Faço questão de receber as respostas de vocês!)